O nosso roteiro pela Índia

A nossa viagem de 4 meses pela Ásia, teve início na India. Deixamos aqui o nosso roteiro pela Índia.

Nova Delhi – Jaipur – Agra – Varanasi

A primeira paragem foi Nova Delhi. Tínhamos a noção que iríamos começar por um país que nos iria pôr à prova desde o primeiro dia, mas não estávamos preparados para Nova Delhi. As diferenças são estrondosas. A cultura, os cheiros, a imensidão, a poluição, o caos, as buzinas, a curiosidade, o lixo. Tudo, no mesmo país, tudo, ao mesmo tempo. Aos poucos, acabámos por nos adaptar à sua realidade e aceitá-la, tal como ela é.

o-nosso-roteiro-pela-india

A pobreza predomina nas ruas de Nova Delhi. É um contraste exuberante entre a beleza dos monumentos e as ruas da cidade. É difícil percorrer as ruas sem ser abordado, para “vender” algo.

o-nosso-roteiro-pela-india

Deixamos aqui alguns dos monumentos que visitámos:

o-nosso-roteiro-pela-india
Jama Masjid
o-nosso-roteiro-pela-india
Red Fort
o-nosso-roteiro-pela-india
Red Fort

 

o-nosso-roteiro-pela-india
Gurudwara Bangla Sahib
o-nosso-roteiro-pela-india
Qutub Minar
o-nosso-roteiro-pela-india
Lótus Temple

Também fomos ao Akshardham Temple, onde infelizmente é proibido fotografar.

Depois do choque inicial da capital. Fomos de comboio até Jaipur. Dito assim parece uma coisa simples, mas a imensidão daquela estação e com aquele caos instalado, encontrar o comboio correto é uma missão quase impossível. Além dos esquemas existentes, dizendo que o nosso comboio já partiu ou que não existem mais lugares nesse comboio, para conseguirem vender outros transportes (o seu negócio).

o-nosso-roteiro-pela-india

Andar de comboio na Índia, nas classes mais baratas, além de compensar muito em preço, é uma experiência que vale muito a pena.

Em Jaipur, tivemos a possibilidade de passar o dia 14 de Janeiro, Makar Sankranti, um dia de festival no calendário hindu. O dia é passado nos terraços onde todas as famílias brincam com os “kites” (papagaios) e os soltam ao vento, numa “guerra” desenfreada, com o objetivo de cortar os papagaios dos outros.
E quando chega a noite lançam milhares de lanternas pelos ares da cidade, juntamente com fogo de artifício.

Andámos a pé pela cidade, tal como gostamos, e visitámos imensos locais, “perdendo-nos” por entre mercados, pessoas, trânsito e os inevitáveis tuk tuks. Andámos de tuk tuk apenas duas vezes para nos levar aos locais mais longínquos. E numa delas, o Fernando conduziu por uns minutos. O tráfego é uma loucura. Mas como o Fernando diz, é um caos organizado. Eles conseguem adaptar-se muito bem à sua própria confusão.

Visitámos alguns monumentos, outros apenas de passagem:

o-nosso-roteiro-pela-india
Albert Hall Museum
o-nosso-roteiro-pela-india
Hawa Mahal
o-nosso-roteiro-pela-india
Jal Mahal (gratuito)
o-nosso-roteiro-pela-india
Amber Fort (600 INR)
o-nosso-roteiro-pela-india
Passagem interna do Amber Fort para o Jaigarh Fort;
o-nosso-roteiro-pela-india
Jaigarh Fort (100 INR)
o-nosso-roteiro-pela-india
Vista do Jaigarh Fort sobre o Amber Fort
o-nosso-roteiro-pela-india
Panna Meena ka Kund (gratuito)

o-nosso-roteiro-pela-india

o-nosso-roteiro-pela-india
Patrika Gate (gratuito)
o-nosso-roteiro-pela-india
o-nosso-roteiro-pela-india
o-nosso-roteiro-pela-india
Monkey Temple (gratuito, tentam cobrar uma taxa pela máquina fotográfica mas basta andar e dizer “no, thank you”)
Fomos novamente de comboio de Jaipur para Agra. Sem surpresa, foi caótico,  desde discussões, a uma paragem de emergência por o comboio ter arrancado ainda com pessoas a entrar. Tudo se empurrava e gritava.
Mas o tempo passou-se e chegámos. Foi em Agra a nossa primeira experiência no Couchsurfing. O rapaz era Youtuber , passamos bons momentos juntos e o Fernando fez um vídeo com ele para o TikTok. A vista do seu restaurante para o Taj Mahal era espetacular.
o-nosso-roteiro-pela-india
Acordámos às 6h da manhã para poder ir ver o nascer do sol no Taj Mahal. Estávamos a 5 minutos da entrada. Existem 3 entradas e a melhor é a West Gate. Entre comprar os bilhetes, andar até à entrada, mostrar o bilhete, ser revistado, foram 5 minutos, no máximo. Pagámos 2600 rupias pelos dois, cerca de 32€. Para o nosso orçamento diário foi uma pequena loucura, mas não podíamos deixar de visitar uma das 7 Maravilhas do Mundo.
o-nosso-roteiro-pela-india
Para conseguir a tal foto com o nascer do sol, basta ir em direção ao Taj Mahal e virar à esquerda. É através dessa mesquita que vemos o sol a emergir sobre o famoso Taj Mahal.

 

o-nosso-roteiro-pela-india

Para terminar em grande as nossas viagens de comboio na Índia, seguimos até Varanasi. Numa viagem que demorou 16 horas, mais 6h do que o suposto. Se as outras foram caóticas, não há descrição possível para esta. Foi uma viagem noturna, na classe mais económica. Valeu-nos uma valente dor de costas e uma noite cheios de frio (as janelas tinham de ir abertas para circular o ar, se nos fazemos entender.)
Mas no fim, não há nada que pague estas experiências e aventuras.
o-nosso-roteiro-pela-india
o-nosso-roteiro-pela-india
Varanasi é uma das cidades mais antigas do Mundo e das mais sagrada do Hinduísmo, situada à beira do rio Ganges. Este é, um dos rios mais sagrados e também, dos mais poluídos do Mundo. Todos os dias as pessoas mergulham para se sentirem purificadas, no mesmo sítio onde lavam as suas roupas e são lançados corpos e restos humanos após a cremação.
o-nosso-roteiro-pela-india
o-nosso-roteiro-pela-india
Na zona de cremação assistimos um pouco do processo da morte e crenças desta religião. O corpo é transportado até a beira rio, coberto de cores, flores e são ainda banhados a incensos, para que quando queimados, não se sinta o cheiro. Existe uma zona de fogueiras na zona norte onde são cremados todos os dias cerca de 200 corpos (e mais cerca de 50, na zona sul). O processo é tratado por um homem da família (as mulheres não frequentam o local, visto serem mais sensíveis e eles acreditaram que se alguém chora, o corpo não segue em paz). Alguns casos, como as grávidas, crianças, pessoas com deficiência, saddhus (homens santos) e pessoas mordidas por serpentes são lançados diretamente ao rio e não são queimados. E sabes porquê? Eles acreditam que já têm o moksha garantido. Assim sendo, são lançados ao rio, para que os peixes se encarreguem de os comer e a decomposição decorra naturalmente.

 

o-nosso-roteiro-pela-india
Zona de cremação norte
o-nosso-roteiro-pela-india
Zona de cremação sul

Tivemos a oportunidade, através de um amigo (que fizemos em viagem), de experimentar comida indiana em um dos “restaurantes” onde vão os locais. Resultado: A Tânia nem provou um prato e o Nando saiu de lá com a t-shirt toda suada.

o-nosso-roteiro-pela-india

Fomos também provar a tão famosa lassi, na Blue Lassi shop. Gostámos tanto que voltámos mais de uma vez.
Lassi é uma bebida típica indiana, composta por iogurte, água, especiarias e algumas delas também fruta.
o-nosso-roteiro-pela-india
o-nosso-roteiro-pela-india
Uma experiencia inesquecível foi o passeio de barco no Rio Ganges para ver o nascer do sol.
o-nosso-roteiro-pela-india
o-nosso-roteiro-pela-india
o-nosso-roteiro-pela-india
Fomos ao Golden Temple, um dos templos mais sagrados dos Hindus. Era Domingo, as filas eram enormes pelas ruas, para entrar e poderem entregar as suas oferendas. Pudemos entrar, por outra entrada e completar aquele momento épico. Descalços, com as meias encharcadas, empurrões pela frente e por trás. Foi possível sentir a intensidade do momento.
Infelizmente, também é proibido fotografar no local.
o-nosso-roteiro-pela-india
o-nosso-roteiro-pela-india

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *