Deixamos aqui o nosso roteiro pelos Picos de Europa
Canga de Onis – Covadonga – Riaño – Fuente Dé – Arena Cabrales – Sotres – Bulnes
A nossa viagem começou no Cabo da Roca, o ponto mais Ocidental da Europa Continental com destino à Ásia, mais precisamente Turquia.
A nossa primeira paragem é Espanha. Escolhemos ir pelo norte do país, pois pouco conhecíamos.
O itinerário foi Vigo, Pontevedra, Santiago de Compostela, Corunha, Oviedo, Gijon, Santander, Bilbau, San Sebastian, Saragoça e Barcelona.
Elegemos a zona que mais nos fascinou para falar neste post.
Os Picos de Europa
Canga de Onis, uma pequena vila. O mais representativo deste lugar é a sua ponte romana, declarada monumento histórico. Também visitámos a Igreja de Nossa Senhora da Assunção e o monumento de Don Pelayo.
Covadonga, a primeira paragem foi a Basílica de Covadonga. De estilo neo-românico, e feita de pedra de mármore rosada extraída das montanhas de Covadonga. Situada em plena Natureza e o seu bom estado de conservação tornam este lugar mágico. Visitámos ainda a La Santa Cueva de Covadonga, de entrada gratuita, é um santuário que se encontra dentro de uma gruta e onde se encontra o altar com a Santa de Covadonga.
Seguimos para os lagos de Covadonga. Ao longo do caminho deparámo-nos com cavalos selvagens, vacas, porcos e cabras do monte. Estacionámos no parque Buferrera para fazer o trilho PR-PNPE 2. Um trilho simples, bem marcado e cuidado. São 5km no total de forma circular, ou de forma mais curta de 2km.
Começámos por visitar as Minas de Buferrera, depois o lago Ercina e por fim o lago Enol. As paisagens são surpreendentes! É um percurso simples e vale muito a pena!
ATENÇÃO: No Verão, Páscoa ou feriados nacionais a estrada de acesso aos lagos é interdita a veículos particulares entre as 8h30 e as 21h. Nessa altura só existem duas opções, ou aceder antes desse horário ou ir de autocarro até lá a cima.
Riaño, pelo Desfiladero de los Beyos, uma das estradas mais bonitas por onde já passámos. O rio corre ao seu lado e brinda-nos com paisagens surpreendentes.
Riaño é um verdadeiro cartão-postal, parece uma pintura a seu aberto! Uma beleza natural e uma tranquilidade inigualável. Aproveitámos o fim do dia para desfrutar do pôr do sol no Mirador Las Hazas. Um pouco mais a cima encontra-se também o Mirador Alto Vacayo.
No dia seguinte visitámos o banco más bonito de Leon, com uma vista deslumbrante. Fizemos um trilho de cerca de 5km, de ida e volta, para visitar o mirador de las Biscaias e a Cueva de la vieja de monte.
Fuente Dé. O teleférico é sem dúvida uma das maiores atrações deste lugar, no entanto, ambos temos vertigens e por essa razão não fez parte do nosso roteiro. Mas aquela enorme parede, com neve ao redor e os campos verdes em baixo, são uma imagem difícil de transcrever.
ATENÇÃO: O GPS dá indicação de Fuente Dé para Sotres por uma estrada de terra batida, nada fácil para uma autocaravana. Contornámos e fomos pelos Desfiladeros de La Hermida, uma estrada incrível (ainda mais que os primeiros).
Arena Cabrales, queríamos conhecer o museu de queijo cabrales, mas estava encerrado. Passeámos a pé pelo centro e fomos ao mirador del Pozu de Oración, que tem uma vista espetacular sobre Naranjo de Bulnes.
Sotres, a aldeia mais alta das Astúrias. Chegámos ao fim da tarde, estacionámos a carrinha já com a ideia de pernoitar e fomos dar uma volta a pé. Parámos num pequeno café, e aproveitámos para lanchar. Provámos um bocadillo de queijo Cabralles e a sidra natural.
No dia seguinte, acordámos com a vista sob a montanha. Uma vista incrível que nos fez relembrar os filmes da Heidi.
Bulnes. Existem duas opções para chegar a Bulnes, de funicular subterrâneo ou a pé. O nosso intuito era fazer o trilho, então estacionámos no parque de estacionamento do funicular e começámos a subir.
Seguimos com o Tomás na mochila, aproveitando a hora da sesta dele. Ao início fomos tolerando o caminho, sinuoso, sempre a subir e com imensas pedras soltas. Mas já a meio caminho percebemos que seria assim todo o trajeto! Foram 4km no total. Chegámos exaustos lá a cima!
Uma pequena aldeia pitoresca, em que os seus (poucos) habitantes só têm acesso através do funicular (gratuito para eles) . É ideal também para continuar e subir até ao Naranjo de Bulnes.
Antes de chegarmos, já estávamos a prometer que para baixo não iríamos de certeza a pé! Depois de desfrutar da aldeia e do nosso piquenique, seguimos para baixo de funicular. Foi uma experiência interessante para o três (o Tomás então adorou) mas um rombo na carteira. (Só uma viagem de ida custa 17,61€ por pessoa).
Se fosse hoje, não teríamos optado por fazer este trilho. Apesar das paisagens incríveis e ser uma experiência única. Achámos mesmo puxado, e isso invalidou-nos de fazer a Ruta del Cares e visitar outro dos miradouros de Naranjo de Bulnes, por estarmos exaustos.
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